19 de mai. de 2009

Irma de Castro Rocha - Meimei

Irma de Castro nasceu em 22 de outubro de 1922, na cidade de Mateus Leme - MG. Aos 2 anos de idade sua familia transferiu-se para Itaúna-MG. Com 5 anos ficou orfã de pai. Irma foi desde criança diferente de todos pela sua beleza fisica e inteligência invulgar. Era alegre, comunicativa, espirituosa, espontânea. O convivio com ela, em familia, foi para todos uma dádiva do Céu. Cursou com facilidade o curso primário, matriculando-se, depois, na Escola Normal de Itaúna; porém, a moléstia que sempre a perseguia desde pequena – nefrite – manifestou-se mais uma vez quando cursava com brilhantismo o 2º ano Normal. Sendo a primeira aluna da classe, teve que abandonar os estudos. Mas, muito inteligente e ávida de conhecimentos, foi apurando sua cultura através da boa leitura, fonte de burilamento do seu espírito. Onde quer que aparecesse era alvo de admiração de todos. Irradiava beleza e encatamento, atraindo a atenção de quem a conhecesse. Ela, no entanto, modesta, não se orgulhava dos dotes que Deus lhe dera. Profundamente caridosa, aproximava-se dos humildes com a esmola que podia oferecer ou uma palavra de carinho e estímulo. Pura, no seu modo simples de ser e proceder não era dada a conquistas próprias da sua idade, apesar de ser extremamente bela. Pertencia à digna sociedade de Itaúna. Irma mudou-se para Belo Horizonte em 1934 em companhia da irmã Alaíde a fim de arrumar emprego. Conheceu então Arnaldo Rocha, com quem se casou aos 22 anos de idade. O casamento durou apenas dois anos, pois ela faleceu com 24 anos de idade, no dia 01 de Outubro de 1946, na cidade de Belo Horizonte-MG, por complicações generalizadas devidas a nefrite crônica. Os momentos finais foram muito dolorosos. Seus pulmões não resistiram, apresentando um processo de edema agudo, fazendo com que ela emitisse sangue pela boca. Seus últimos trinta minutos de vida foram de desespero e aflição. Mas, no final deste quadro, com o encerramento da vida física, seu corpo voltou a apresentar a expressão de calma que sempre a caracterizou. Meimei foi enterrada no cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte. Aproximadamente cinqüenta dias após a desencarnação da esposa, Arnaldo Rocha, profundamente abatido, acompanhado de seu irmão Orlando, que era espírita, descia a Av. Santos Dumont, em Belo Horizonte, quando avistou o médium Chico Xavier. Arnaldo não era espírita e nunca partilhara da companhia do médium até aquele momento. Quase dez anos antes haviam sido apresentados, muito rapidamente. Ele devia ter pouco mais de doze anos.
O que aconteceu ali, naquele momento, mudou completamente sua vida. E é ele mesmo quem narra o ocorrido: "Chico olhou-me e disse: "Ora gente, é o nosso Arnaldo, está triste, magro, cheio de saudades da querida Meimei"... Afagando-me, com a ternura que lhe é própria, foi-me dizendo: "Deixe-me ver, meu filho, o retrato de nossa Meimei que você guarda na carteira." E, dessa forma, após olhar a foto que Arnaldo lhe apresentara, Chico lhe disse: - Nossa querida princesa Meimei quer muito lhe falar!" E, naquela noite, em uma reunião realizada em casa de amigos espíritas em Belo Horizonte, Meimei deixou sua primeira mensagem psicografada. E, com o passar dos anos, Chico foi revelando aos amigos mais chegados que Meimei era a mesma Blandina, citada por André Luiz na obra "Entre a Terra e o Céu" (capítulos 9 e 10), que morava na cidade espiritual "Nosso Lar"; disse também, que ela é a mesma Blandina, filha de Taciano e Helena, que Emmanuel descreve no romance "Ave Cristo", e que viveu no terceiro século depois de Jesus. Seu nome "Meimei", expressão chinesa que significa "amor puro", agora tão venerado como um "Espírito de Luz", foi lhe dado em vida, carinhosamente, pelo esposo Arnaldo Rocha. "Uma noite, sentimos um delicioso perfume. Intimamente, achei que era o mesmo que Meimei costumava usar. Surpreendi-me quando percebi que o corredor ia se iluminando aos poucos, como se alguém caminhasse por ele portando uma lanterna. Subitamente, a luminosidade extinguiu-se. Momentos depois, a sala iluminou-se novamente. No centro dela, havia como que uma estátua luminescente. Um véu cobria-lhe o rosto. Ergueu ambos os braços e elegantemente, etereamente o retirou, passando as mãos pela cabeça, fazendo cair uma cascata de lindos cabelos pretos, até a cintura. Era Meimei. Olhou-me, cumprimentou-me e dirigiu-se até onde eu estava sentado. Sua roupagem era de um tecido leve e transparente. Estava linda e donairosa! Levantei-me para abraçá-la e senti o bater de seu coração espiritual. Beijamo-nos fraternalmente e ela acariciou o meu rosto e brincou com minhas orelhas, como não podia deixar de ser. Ao elogiar sua beleza, a fragrância que emanava, a elegância dos trajes, em sua tênue feminilidade, disse-me: - "Ora, meu Meimei, aqui também nos preocupamos com a apresentação pessoal! A ajuda aos nossos semelhantes e o trabalho fraterno fazem-nos mais belos e, afinal de contas, eu sou uma mulher! Preparei-me para você, seu moço! Não iria gostar de uma Meimei feia!"
Obrigado Meimei por interceder junto ao Altíssimo por meu filho Gabriel (3) e meu sobrinho André (1).

Um comentário:

Anônimo disse...

uma história de amor( tão bela!)q nos inspira a cada dia valorizarmos o outro,o companheiro...e lembrarmos q o tempo é só um sopro nessa vida terrena,portanto temos q valoriza-lo e muito...

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