30 de out. de 2010

Deus - Eurípedes Barsanulfo




O Universo é obra inteligentíssima; obra que transcende a mais genial inteligência humana; e, como todo efeito inteligente tem uma causa inteligente, é forçoso inferir que a do universo é superior a toda inteligência; é a inteligência das inteligências; a causa das causas; a lei das leis; o princípio dos princípios; a razão das razões; a consciências das consciências; é Deus! Deus! Nome mil vezes santo, que Newton jamais pronunciava sem se descobrir! 

Ó Deus que vos revelais pela natureza, vossa filha e nossa mãe, reconheço-vos eu, Senhor, na poesia da criação; na criancinha que sorri; no ancião que tropeça; no mendigo que implora; na mão que assiste; na mãe querida que vela; no pai extremoso que instrui; no apóstolo abnegado que evangeliza as multidões. Ó Deus! Reconheço-vos eu, Senhor, no amor do esposo; no afeto do filho; na estima da irmã; na justiça do justo; na misericórdia do indulgente; na fé do homem piedoso; na esperança dos povos; na caridade dos bons; na inteireza dos íntegros. 

Ó Deus! Reconheço-vos eu, Senhor! no estro do vate; na eloqüência do orador; na inspiração do artista; na santidade do mestre; na sabedoria do filósofo e nos fogos eternos do gênio! 

Ó Deus! Reconheço-vos eu, Senhor! na flor dos vergéis, na relva dos vales; no matiz dos campos; na brisa dos prados; no perfume das campinas; no murmúrio das fontes; no rumorejo das franças; na música dos bosques; na placidez dos lagos; na altivez dos montes; na amplidão dos oceanos e na majestade do firmamento! 

Ó Deus! Reconheço-vos eu, Senhor! nos lindos antélios, no íris multicor; nas auroras polares; no argênteo da Lua; no brilho do Sol; na fulgência das estrelas; no fulgor das constelações! Ó 

Deus! Reconheço-vos eu, Senhor! na formação das nebulosas; na origem dos mundos; na gênese dos sóis; no berço das humanidades; na maravilha, no esplendor e no sublime do Infinito! Ó 

Deus! Reconheço-vos eu, Senhor! com Jesus, quando ora: "Pai nosso que estais nos céus..." ou com os anjos quando cantam: "Glória a Deus nas alturas, Paz na Terra aos Homens e Mulheres da Boa Vontade de Deus".

Eurípedes Barsanulfo

Descrever, em poucas linhas, o papel desempenhado pelo médium Eurípedes Barsanulfo dentro da doutrina espírita não é uma tarefa simples, uma vez que, em seus 38 anos de vida terrena, realizou obras que muitos talvez não conseguiriam nem com o dobro de tempo. 


A trajetória de vida deste espírito missionário começou na pequena cidade de Sacramento (MG) em 01 de maio de 1880, data em que se comemora o Dia do Trabalho, nada mais justo para uma pessoa que ajudou ao próximo incansavelmente e inseriu um novo modelo de pedagogia no Brasil. A vocação para o ensino se manifestou precocemente, ensinando seus próprios irmãos e colegas de escola. 


Participou da fundação do Liceu Sacramentano, um instituto de ensino primário e secundário, em 1902, bem como do jornal Gazeta de Sacramento, onde escreveu colunas semanais sobre política, direito público e métodos educacionais, entre outros temas, durante dois anos. Apesar de não possuir diploma de curso superior, Barsanulfo dominava diversos assuntos, como filosofia, direito e medicina. Aliás, cursar a faculdade e se formar médico era seu grande sonho, mas por causa dos problemas de saúde de sua mãe, preferiu permanecer ao seu lado em casa. 


A RELAÇÃO COM O ESPIRITISMO 
Eurípedes Barsanulfo sentiu uma certa resistência para aceitar de imediato o Espiritismo, em virtude da forte formação católica recebida de seus pais, Hermógenes Ernesto de Araújo e Jerônima Pereira de Almeida. Porém o primeiro contato com a doutrina foi através de seu tio, Sinhô Mariano, que fundou e dirigiu o Centro Espírita Fé e Amor, um dos mais antigos e conhecidos do povoado. 


 Em certa ocasião, o tio entregou para Barsanulfo um exemplar da obra de Leon Denis, rapidamente lido por ele. Impressionado, resolveu ir ate o centro e, lá chegando, encontrou o humilde médium de nome Aristides sentado à mesa. Colocando à prova a comunicação de espíritos com os encarnados, pediu, em pensamento, esclarecimentos a respeito do Sermão do Monte por meio do médium, já que não tinha sido totalmente instruído pelo padre da igreja que freqüentava. Barsanulfo prontamente recebeu uma detalhada explicação sobre o tema pedido e, a partir de então, converteu-se ao Espiritismo. 


 Em 27 de janeiro de 1905, fundou o Grupo Espírita Esperança e Caridade em sua residência, local em que já realizava o chamado “Culto Cristão” (a leitura de O Evangelho Segundo o Espiritismo a partir das 9h) desde o ano anterior. Foi ali que Eurípedes Barsanulfo promoveu encontros memoráveis e sua mediunidade sonambúlica e de efeitos físicos se manifestou claramente. Porém, sua grande vocação era a educação, pois sabia que, através dela, poderia incutir os valores morais que julgava ser de extrema valia na consciência e nos corações das crianças. 


Assim, em 02 de abril de 1907, Barsanulfo inaugurou o Colégio Allan Kardec, primeiro colégio espírita do Brasil, que foi administrado por ele até seu desencarne. Nele, educou um grande número de pobres e órfãos, mas, principalmente, implantou uma nova metodologia educacional, oferecendo instrução intelectual e moral. Todas as quartas-feiras, ministrava aulas a respeito da doutrina espírita, incompreendida e desdenhada por muitos pais de alunos. Inclusive, alguns deles chegaram a retirar seus filhos da escola na época. 


FENÔMENOS FÍSICOS E DE CURA 
Outro ponto que marcou a vida de Eurípedes Barsanulfo foi o seu grande potencial mediúnico, desenvolvendo diversos tipos de mediunidade, como a de cura, audição, vidência, psicografia, intuição e bicorporeidade, ou seja, a faculdade de desdobramento, quando um médium surge em um determinado local enquanto seu corpo permanece em outro. Fatos do gênero aconteceram diversas vezes, como na ocasião em que entrou em transe e chegou a descrever detalhadamente, para seus alunos, o local, o horário e os participantes de uma reunião que havia acabado de assistir na cidade de Versalhes, na França, local em que foi assinado um histórico tratado. 


A constante produção de fenômenos mediúnicos atraiu uma multidão para a pequena cidade de Sacramento, na qual Barsanulfo promoveu diversas curas sem jamais cobrar por isso, recuperando doentes desenganados pela medicina com o auxílio constante da equipe espiritual comandada pelo dr. Bezerra de Menezes. Inclusive, por orientação do chamado “médico dos pobres”, criou a Farmácia Espírita Esperança e Caridade, que funcionava ao lado de seu quarto. Impregnada por um suave perfume de jasmim, a farmácia servia de base para as atuações do dr. Bezerra por meio da mediunidade de Eurípedes, atendendo os necessitados com orientações, receitas médicas e cirurgias espirituais. 


CORAGEM E AMOR PELA DOUTRINA 
Entretanto, como não poderia deixar de acontecer, tendo em vista a época e o porte da cidade de Sacramento, Eurípedes Barsanulfo sofreu muitas perseguições e acusações, passando firme por momentos bastante difíceis. 


Um desses casos ocorreu em 1913, quando um padre de Campinas, Feliciano Lague, atendeu o chamado de religiosos da cidade mineira e tentou anular a influência do médium, bem como o prestígio do Colégio Allan Kardec. Depois de algumas investidas, Barsanulfo propôs um debate público com o padre. “No dia marcado, a praça da matriz estava repleta de sacramentanos e espíritas das cidades vizinhas, desejosos de assistir ao confronto que prometia ser memorável. E foi. 


Todos os argumentos do padre Iague objetivavam desmoralizar Eurípedes e o Espiritismo. Caíram por terra, um a um, graças ao raciocínio lógico, tranqüilo, consistente e pleno das palavras de Jesus por parte de Eurípedes. Ele foi vitorioso e precisou conter os entusiasmados espíritas, que desejavam carregá-lo em triunfo”, descreve Lauret Godoy em seu livro Maravilhosos Encontros com Eurípedes Barsanulfo. O fato só serviu para reforçar ainda mais a posição da doutrina espírita e o trabalho educacional promovido pelo médium. Eurípedes Barsanulfo passou muitos e muitos anos se dedicando ao próximo e ao bem comum, tarefa que só se encerrou com seu desencarne, ocorrido em 01 de novembro de 1918, vítima de uma epidemia de gripe que assolou o Brasil naquele ano. 


Mesmo depois de 85 anos de sua partida para o plano espiritual, ele é lembrado com imenso carinho por todo o movimento espírita, sobretudo na cidade de Sacramento, local que, ainda hoje, recebe constantes visitas de caravanas formadas por pessoas que desejam ver de perto a obra de amor deixada por ele e continuada por sua sobrinha, Heigorina da Cunha. Entre os pontos mais visitados por elas, estão a gruta na qual ele realizou boa parte das curas, o busto que foi feito em sua homenagem, o Colégio Allan Kardec, entre outros. Não se pode deixar também de citar a referência feita pelos visitantes de que a cidade mineira possui uma atmosfera bastante especial, o que não poderia ser diferente, tendo em vista a grandeza espiritual desse missionário que se tornou o precursor da pedagogia espírita no Brasil. 
Érika Silveira
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Eurípedes Barsanulfo - breve resumo de sua vida


Nasceu e viveu em Sacramento, Minas Gerais, de 1880 a 1918, tendo falecido na epidemia de gripe espanhola. Eurípedes era de família pobre, inserido num contexto rural e católico. Destacou-se desde cedo por sua capacidade intelectual e liderança na comunidade. 


Teve oportunidade de estudar no Colégio Derwil de Miranda, cujo diretor, que dava nome à escola, havia freqüentado o famoso Colégio Caraça. Derwil lhe passou a cultura herdada dos padres lazaristas, mas não os seus métodos autoritários e punitivos. Eurípedes iria se afastar ainda mais da proposta pedagógica, iniciando algo inédito na região e, mesmo, no Brasil. 


Na adolescência e na primeira juventude, participou de várias atividades religiosas, políticas, artísticas e sociais na cidade. Fundou um grupo de teatro, a Gazeta Sacramentana, a Associação Beneficente São Vicente de Paulo e junto com outros professores o Liceu Sacramentano. Elegeu-se vereador em 1904 e exerceu dois mandatos. Como membro da Comissão de Instrução Pública, lutou pela implantação de escolas públicas na cidade e pela laicização do ensino. Trouxe a primeira estrada de ferro a Sacramento e militava pela melhoria das condições de higiene e de saúde da população. 


No mesmo ano em que foi eleito vereador, converteu-se ao espiritismo, tornando-se fervoroso adepto da doutrina de Allan Kardec. Entra em polêmica com a Igreja Católica, incluindo os bispos da região, que antes o viam com bons olhos. Funda em 1907 o Colégio Allan Kardec, uma escola gratuita, onde aplica uma proposta inovadora de educação. Era uma escola ativa, sem recompensas e punições, com muita afetividade e atividades éticas de que os alunos participavam. Eurípedes era famoso como médium receitista, aviando em torno de mil receitas mediúnicas por dia para doentes do Brasil inteiro. É considerado o iniciador da Pedagogia Espírita no Brasil e no mundo. 
Dora Incontri
Veja também : Deus

José Pacheco

Há 102 anos, em 1907, o Brasil teve aquilo que eu considero o projeto educacional mais avançado do século 20. Se eu perguntar a cem educadores brasileiros, 99 não conhecem.
Era em Sacramento, Minas Gerais, mas agora já não existe. O autor foi Eurípedes Barsanulfo, que morreu em 1918 com a gripe espanhola. Este foi, para mim, o projeto mais arrojado do século 20, no mundo. José Pacheco - Educador português

28 de out. de 2010

Sucuri na Thyssen

Esta sucuri morreu eletrocutada na cerca elétrica que separa a empresa Thyssen, em Barra do Piraí - RJ, de uma fazenda vizinha.
O acontecimento parou a fábrica, e o dia inteiro foi o maior entra e sai de biólogos do Rio e São Paulo, para analisarem a cena que se tornou motivo de preocupação para todos.

Será preciso rever conceitos sobre acampar e passar a noite às margens de represa pescando.

Reparem no formato de sua barriga, que ela estava bem alimentada.
Segundo a turma da segurança da Thyssen e o pessoal da prefeitura de Barra do Piraí, os órgãos responsáveis estão assustados, pois este animal, segundo os especialistas, só vive na Amazônia e Pantanal.
É, os especialistas também se enganam.

Unanimidade

Quando todos pensam o mesmo, ninguém está pensando. Walter Lippmann

Momentos de felicidade

Uma era de felicidade simplesmente não é possível porque as pessoas querem apenas desejá-la, mas não possuí-la, e cada indivíduo aprende durante os seus bons tempos a de fato rezar por inquietações e desconforto.
O destino do homem está projetado para momentos felizes — toda a vida os têm —, mas não para eras felizes. Estas, porém, permanecerão fixadas na imaginação humana como "o que está além das montanhas", como um legado de nossos ancestrais: pois o conceito de uma era de felicidade foi sem dúvida adquirido nos tempos primordiais, a partir da condição em que, depois de um esforço violento na caça e na guerra, o homem se entrega ao repouso, estica os membros e sente as asas do sono roçando a sua pele.
Será uma falsa conclusão se, na trilha dessa remota e familiar experiência, o homem imaginar que, após eras inteiras de labor e inquietação, ele poderá usufruir, de modo correspondente, daquela condição de felicidade intensa e prolongada. Friedrich Nietzsche

26 de out. de 2010

Não deixe o amor passar

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês. Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor. Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o amor. Carlos Drummond de Andrade

Desejo que você

Desejo que você Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la. Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes. Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo. Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la. Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência. Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina, Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas. Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que você ama. Augusto Cury

Questionando os ensinamentos da vovó

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade.
Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o. Buda

24 de out. de 2010

O aborto

“Não adianta discutir o aborto agora. Os políticos já nasceram mesmo...” Peguei emprestado do Peixe Alfa

Impressione seus vizinhos...

Uma empresa alemã chamada "Your Style Garage" - cria cartazes para portas de garagem que as faz parecer como se ela realmente estivesse mostrando o seu interior e o que esta nele! Os preços variam de US$ 199 a US$ 399, para a porta dupla .

Tolerância


Tolerância é caminho de paz. 

Não julgues esse ou aquele companheiro ignorante ou desinformado, porquanto, se aprendeste a ouvir, já sabes compreender. Diante de criaturas que te enderecem qualquer agressão, conversa com naturalidade, sem palavras de revide que possam desapontar o interlocutor. 

Perante qualquer ofensa, não percas o sorriso fraternal e articula alguma frase, capaz de devolver o ofensor à tranqüilidade. Nos empecilhos da existência, tolera os obstáculos sem rebeldia e eles se te farão facilmente removíveis. 

No serviço profissional, suporta com paciência o colega difícil, e, aos poucos, em te observando a calma e a prudência, ele mesmo transformará para melhor as próprias disposições. 

Em família, tolera os parentes menos simpáticos e, com os teus exemplos de abnegação, conquistarás de todos eles a bênção da simpatia. No trânsito público, não passes recibo aos palavrões que alguém te dirija e evitará discussões de conseqüências imprevisíveis. Nos aborrecimentos e provações que te surgem, a cada dia, suporta com humildade as ocorrências suscetíveis de ferir-te, e a tolerância se te fará a trilha de acesso à felicidade, de vez que aceitarás todos os companheiros do mundo na condição de filhos de Deus e nossos próprios irmãos. 
Psicografia de Francisco Cândido Xavier - Emmanuel

22 de out. de 2010

Regras

Se eu obedecesse a todas as regras, jamais teria chegando onde eu cheguei. Marilyn Monroe

Encanto

Já não se encantarão meus olhos nos teus olhos, já não se adoçará junto a ti a minha dor. Pablo Neruda

Universos paralelos

Os físicos que investigam a origem do universo esperam ter, no ano que vem, as primeiras provas da existência de conceitos caros aos escritores de ficção científica, como mundos ocultos e dimensões extras. À medida que o Grande Colisor de Hádrons (LHC) do Cern, nas proximidades de Genebra, opera com uma força maior, eles falam cada vez mais sobre uma "Nova Física" no horizonte, que poderia mudar por completo os pontos de vista atuais sobre o universo e o seu funcionamento. "Universos paralelos, formas desconhecidas de matéria, dimensões extras...Isso não é coisa de ficção científica barata, mas teoria física muito concreta que os cientistas tentam confirmar com o LHC e outros experimentos." Isso foi o que escreveram os integrantes do Grupo de Teoria do centro internacional de pesquisa no boletim direcionado aos funcionários do Cern este mês. Enquanto as partículas se chocam no vasto complexo subterrâneo do LHC a energias cada vez maiores, os "extra bits do universo" - se é que eles existem como o previsto - poderão ser vistos no computador, afirmam os teóricos. O otimismo é crescente entre as centenas de cientistas que trabalham no Cern, ao longo da fronteira entre França e Suíça, numa experiência de 10 bilhões de dólares, que inicialmente apresentou problemas, mas este ano vem cumprindo suas metas. COLISÃO DE PRÓTONS Em meados de outubro, disse o diretor-geral Rolf Heuer à equipe no último fim de semana, os prótons eram colididos ao longo do anel subterrâneo de 27 quilômetros a uma taxa de 5 milhões por segundo - duas semanas antes da data prevista para esse número. No ano que vem, as colisões ocorrerão - se tudo continuar seguindo bem - a uma taxa que produzirá o que os físicos chamam de "femtobarn inverso", mais bem descrito como uma quantidade colossal de informações para a avaliação dos analistas. As colisões recriam o que aconteceu numa minúscula fração de segundo após o "Big Bang" primordial, 13,7 bilhões de anos atrás, que gerou o universo que conhecemos hoje e tudo o que ele contém. Depois de séculos de observações cada vez mais sofisticadas da Terra, apenas 4 por cento do universo é conhecido - porque o restante é formado pelo que tem sido chamado de matéria escura e energia escura (porque são invisíveis). Reuters

20 de out. de 2010

keep moving

As pessoas que vencem neste mundo são as que procuram as circunstâncias de que precisam e, quando não as encontram, as criam. Bernard Shaw

A força da caridade

O espírito se enriquece com aquilo que recebe; o coração com aquilo que dá. Victor Hugo

As Carícias e o Iluminado

Chega de viver entre o medo e a Raiva! Se não aprendermos a viver de outro modo, poderemos acabar com a nossa espécie. É preciso começar a trocar carícias, a proporcionar prazer, a fazer com o outro todas as coisas boas que a gente tem vontade de fazer e não faz, porque "não fica bem" mostrar bons sentimentos! No nosso mundo negociante e competitivo, mostrar amor é... um mau negócio. O outro vai aproveitar, explorar, cobrar...

Chega de negociar com sentimentos e sensações. Negócio é de coisas e de dinheiro- e pronto! O pesquisador B. Skinner mostrou por A mais B que só são estáveis os condicionamentos recompensados; aqueles baseado na dor precisam ser reforçados sempre senão desaparecem. Vamos nos reforçar positivamente. É o jeito - o único jeito - de começarmos um novo tipo de convívio social, uma nova estrutura, um mundo melhor. Freud ajudou a atrapalhar mostrando o quanto nós escondemos de ruim; mas é fácil ver que nós escondemos também tudo que é bom em nós, a ternura, o encantamento, o agrado em ver, em acariciar, em cooperar, a gentileza, a alegria, o romantismo, a poesia, sobretudo o brincar - com o outro. 


Tudo tem que ser sério, respeitável, comedido - fúnebre, chato, restritivo, contido... Há mais pontos sensíveis em nosso corpo do que as estrelas num céu invernal. "Desejo", do latim de-sid-erio, provém da raiz "sid", da língua zenda, significando ESTRELA, como se vê em sideral, relativo às estrelas. Seguir o desejo é seguir a estrela - estar orientado, saber para onde vai, conhecer a direção... 


"Gente é para brilhar", diz mestre Caetano. Gente é, demonstravelmente, a maior maravilha, o maior playground e a mais complexa máquina neuromecânica do Universo conhecido. Diz o Psicanalista que todos nós sofremos de mania de grandeza, de onipotência. A mim parece que sofremos de mania de pequenez. Qual o homem que se assume em toda a sua grandeza natural?


"Quem sou eu primo..."Em vez de admirar, nós invejamos - por não termos coragem de fazer o que a nossa estrela determina. O Medo - eis o inimigo. O medo, principalmente do outro, que observa atentamente tudo o que fazemos - sempre pronto a criticar, a condenar, a pôr restrições - porque fazemos diferente dele. Só por isso. Nossa diferença diz para ele que sua mesmice não é necessária. Que ele também pode tentar se livre - seguindo sua estrela. 


Que sua prisão não tem paredes de pedra, nem correntes de ferro. Como a de Branca de Neve, sua prisão é de cristal - invisível. Só existe na sua cabeça. Mas sua cabeça contém - é preciso que se diga - todos os outros que, de dentro dele, o observam, criticam, comentam - às vezes até elogiam! Por que vivemos fazendo isso uns com os outros - vigiando-nos e obrigando-nos - todos contra todos - a ficar bonzinhos dentro das regrinhas do bem-comportado - pequenos, pequenos. Sofremos de megalomania porque no palco social obrigamo-nos a ser, todos, anões. 


Ai de quem se sobressai, fazendo de repente o que lhe deu na cabeça. Fogueira para ele! Ou você pensa que a fogueira só existiu na Idade Média? Nós nos obrigamos a ser - todos - pequenos, insignificantes, inaparentes, "normais"- normopatas diz melhor; oligopatas - apesar do grego- melhor ainda. Oligotímicos - sentimentos pequenos - é o ideal... Quem é o iluminado? No seu tempo, é sempre um louco delirante que faz tudo diferente de todos. Ele sofre, principalmente, de um alto senso de dignidade humana - o que o torna insuportável para todos os próximos, que são indignos. 


Ele sofre, depois, de uma completa cegueira em relação à "realidade"(convencional), que ele não respeita nem um pouco. Ama desbragadamente - o sem vergonha. Comporta-se como se as pessoas merecessem confiança, como se todos fossem bons, como se toda criatura fosse amável, linda, admirável. Assim ele vai deixando um rastro de luz por onde quer que passe. Porque se encanta, porque se apaixona, porque abraça com calor e com amor, porque sorri e é feliz. Como pode, esse louco? Como pode estar - e viver! - sempre tão fora da realidade - que é sombria, ameaçadora; como ignorar que os outros - sempre os outros - são desconfiados, desonestos, mesquinhos, exploradores, prepotentes, fingidos, traiçoeiros, hipócritas... Ah! Os outros... (Fossem todos como eu, tão bem-comportados, tão educados, tão finos de sentimentos...) 


O que não se compreende é como há tanta maldade num mundo feito somente de gente que se considera tão boa. Deveras, não se compreende. Menos ainda se compreende que de tantas famílias perfeitas - a família de cada um é sempre ótima - acabe acontecendo um mundo tão infernalmente péssimo. Ah! Os outros... Se eles não fossem tão maus - como seria bom... Proponho um tema para meditação profunda; é a lição mais fundamental de toda a Psicologia Dinâmica: Só sabemos fazer o que foi feito conosco. Só conseguimos tratar bem os demais se fomos bem tratados. Só sabemos nos tratar bem se fomos bem tratados. Se só fomos ignorados, só sabemos ignorar. Se só fomos odiados, só sabemos odiar. Se fomos maltratados, só sabemos maltratar. 


Não há como fugir desta engrenagem de aço: ninguém é feliz sozinho. Ou o mundo melhora para todos ou ele acaba. Amar o próximo não é mais idealismo "místico"de alguns. Ou aprendemos a nos acariciar ou liquidaremos com a nossa espécie. Ou aprendemos a nos tratar bem - a nos acariciar - ou nos destruiremos. Carícias - a própria palavra é bonita. Carícias ... Olhar de encantamento descobrindo a divindade do outro - meu espelho! Carícias... Envolvência ( quem não se envolve não se desenvolve...), ondulações, admiração, felicidade, alegria em nós - eu e os outros. Energia poderosa na ação comum, na co-operação. 


Na co-munhão. Só a União faz a força - sinto muito, mas as verdades banais de todos os tempos são verdadeiras - e seria bom se a gente tentasse FAZER o que essas verdades nos sugerem, em vez de críticos e céticos e pessimistas, encolhermos os ombros e deixarmos que a espécie continue, cega, caminhando em velocidade uniformemente acelerada para o Buraco Negro da aniquilação. Nunca se pôde dizer, como hoje: ou nos salvamos - todos juntos - o nos danamos - todos juntos 
José Ângelo Gaiarsa

19 de out. de 2010

Cê miorô?

Mineirim, miudinho, todo tímido embarca no ônibus de Raul Soares para BH. Seu colega de poltrona, um negão de 1,80 m de altura, com cara de poucos amigos e exalando bafo etílico de no mínimo 3 branquinhas. Negão no maior ronco e Mineirim todo enjoado com as curvas da estrada. A certa altura Mineirim não agüenta e vomita todo o jantar no peito do Negão. Mineirim no maior desespero e Negão ainda roncando. Chegando a Sabará, o Negão acorda, passa a mão no peito todo melecado. Olha indignado e confuso pro Mineirim, que imediatamente bate a mão no seu ombro e pergunta: - Cê miorô?

T 25

Um ex-projetista da Fórmula 1 criou um carro ecológico que pode ser a solução para o congestionamento nas grandes cidades. O veículo ocupa um terço do espaço de um carro convencional quando estacionado, é tão estreito que pode dividir uma mesma faixa de rua ou pista com outro automóvel e é construído à base de materiais reciclados. Sua manufatura dispensa grande parte da maquinaria pesada usada pela indústria automobilística hoje e requer apenas 20% do capital necessário atualmente. Herói dos amantes do automobilismo, Gordon Murray desenhou, entre outros, a McLaren dirigida por Ayrton Senna quando o brasileiro venceu seu primeiro campeonato na Fórmula 1. Há seis anos, o projetista abandonou as corridas e, levando consigo a mesma equipe de engenheiros que trabalhava com ele na McLaren, saiu em busca de um novo desafio: construir o minúsculo T 25, um carro urbano que, ele espera, vai revolucionar a forma como automóveis são construídos hoje em dia. T 25: O Projeto O carro de Murray é construído em um galpão à base de fibra de vidro, garrafas de plástico recicladas e tubos ocos de aço. Ele utiliza um quinto dos materiais necessários para se construir um carro convencional. O veículo leva três passageiros, pesa 575 kg, tem 240 cm de comprimento, 130 cm de largura e 160 cm de altura. Ele alcança a velocidade máxima de 145 km/hora e deve custar em torno de US$ 9 mil. Segundo seus idealizadores, um carro como esse teria o potencial de impedir engarrafamentos nas estradas do mundo, tendo em vista projeções de que o número de veículos no planeta deva atingir 2,5 bilhões por volta de 2020. Ele também pode permitir que milhões de pessoas realizem seu sonho de ter um carro - mas consumindo menos recursos vitais para o planeta, como água, energia ou aço. 'Mentalidade de Formula 1' O objeto que concretiza a visão de Murray está guardado em um prédio modesto em uma região industrial em Surrey, no sudeste da Inglaterra. O T 25 não tem portas. Para entrar nele, é preciso erguer a cabine do motorista. Seguindo o padrão dos supercarros da Fórmula 1, o motorista se senta sozinho na parte dianteira do carro, no meio do veículo, com os dois assentos de passageiros localizados na parte traseira. Também seguindo o modelo da F1, o T 25 é construído com materiais compostos - e apenas os mais baratos. Os painéis do corpo do carro e o monocoque (ou base) são reforçados com vidro, que custa muito menos do que o carbono, diz Murray. "Algumas das fibras são (agrupadas em padrões) aleatórios, algumas são entrelaçadas e outras são unidirecionais - isso é mentalidade de Fórmula 1", disse Murray à BBC. A estrutura está fixada em uma armação feita com um tubo de aço que "sozinho, não é forte o suficiente". Murray explica, no entanto, que uma vez que o monocoque é colado ao tubo, em um processo similar à forma como as janelas de um carro são fixadas no corpo do veículo, ele se torna "tão resistente e seguro como um carro convencional". Manufatura Murray quer que seus carros sejam produzidos em massa Segundo Murray, o processo de fabricação dos carros criados por sua equipe, batizado de iStream, é flexível e barato. Ele dispensa as instalações gigantescas das fábricas convencionais e grande parte da maquinaria pesada e altamente poluidora, como as grandes prensas que fabricam componentes de aço e as soldadoras. Para fazer qualquer modificação no tamanho da armação ou na forma e cor do corpo do carro, basta reescrever o software, explica Murray. Ou seja, uma mesma linha de produção pode fabricar modelos diferentes em um único dia. Dessa forma, a fábrica do futuro pode ser menor e mais barata, além de poluir menos. Propriedade Intelectual Gordon Murray explicou que o objetivo de sua equipe é projetar carros que, ele espera, sejam produzidos em massa muito em breve. Além do modelo para três passageiros, Murray e sua equipe - composta por 30 engenheiros - estão secretamente desenvolvendo vários desenhos diferentes - veículos para dois, cinco e oito passageiros, além de um ônibus. Ele enfatiza, no entanto, que seu objetivo não é fabricar os carros e, sim, mostrar ao mundo o que sua equipe é capaz de fazer. "Sou conhecido como um projetista, minha equipe constitui uma empresa de engenharia, mas na verdade a essência do nosso negócio é propriedade intelectual." "Quero vender tantas licenças iStream para tantas pessoas e para tantos carros diferentes quanto possível, no mundo inteiro", diz Murray. Economia O argumento final de Gordon Murray em favor de seu carro visionário, no entanto, é econômico. O uso de componentes mais baratos, em menor quantidade, e uma estrutura de fabricação menor, oferecem aos fabricantes cortes tremendos nos custos e reduz os riscos do investimento. "A fábrica que constrói um carro iStream - qualquer que seja a forma ou o tamanho do carro - tem cerca de 20% do investimento de capital e 20% do tamanho de uma planta convencional de fabricação", ele disse. "E (usa) cerca de a metade da energia". "Nós rasgamos o manual de regras e o jogamos pela janela".
Jorn Madslien - BBC

Em busca da beleza

Soam vãos, dolorido epicurista, Os versos teus, que a minha dor despreza; Já tive a alma sem descrença presa Desse teu sonho, que perturba a vista. Da Perfeição segui em vã conquista, Mas vi depressa, já sem a alma acesa, Que a própria idéia em nós dessa beleza Um infinito de nós mesmos dista. Nem à nossa alma definir podemos A Perfeição em cuja estrada a vida, Achando-a intérmina, a chorar perdemos. O mar tem fim, o céu talvez o tenha, Mas não a ânsia da Coisa indefinida Que o ser indefinida faz tamanha. Fernando Pessoa

18 de out. de 2010

Xecápi de Mineiro

O Seu Antônio, aproveitando a viagem a Belzonte, foi ao médico fazer um 'xecápi'.
Pergunta o médico: - Sr. Antônio, o senhor está em muito boa forma para 40 anos. - E eu disse ter 40 anos? - Quantos anos o senhor tem? - Fiz 57 em maio que passou.
- Puxa! E quantos anos tinha seu pai quando morreu? - E eu disse que meu pai morreu? - Oh, desculpe! Quantos anos tem seu pai? - O véio tem 81. - 81? Que bom! E quantos anos tinha seu avô quando morreu?
- E eu disse que ele morreu? - Sinto muito. E quantos anos ele tem? - 103, e anda de bicicleta até hoje.
- Fico feliz em saber. E seu bisavô? Morreu de quê? - E eu disse que ele tinha morrido? Ele está com 124 e vai casar na semana que vem. - Agora já é demais! - Diz o médico revoltado. - Por que um homem de 124 anos iria querer casar? - E eu disse que ele queria se casar? Queria nada, ele foi obrigado porque engravidou a moça...

Esta nem ele soube...

A grande pergunta que nunca foi contestada e à qual ainda não pude responder, apesar de meus trinta anos de investigação da alma feminina, é:
o que quer uma mulher?
Sigmund Freud
Picture by Salvador Dalí

Oração pessoal


Que eu tenha a força de ser eu mesma, sempre 
Que eu possa fazer o bem, sem saber o porquê 
Que eu nunca pense que esse alguém irá me retribuir 
Que eu possa ouvir passarinhos cantando 
Que eu possa ver a imensidão azul do céu 
Que eu descubra, brincando, o formato das nuvens 
Que eu possa valorizar a alma da criança que existe em mim. 
 Que ao me levantar enxergue a luz através do sol 
Que diga com amor o bom dia de cada dia 
Que a minha presença seja sentida, amiga 
Que eu possa me agasalhar no coração do meu amor quando sentir frio
Que eu esteja ao seu lado nos dias alegres de verão 
Que a grandeza do mar seja a energia que recarrega minha alma 
Que a minha existência faça diferença 
Que minhas palavras sejam amáveis e doces. 
Que sejam ouvidas de forma leve, suave, sublime, como anjos cantando... 
Que eu possa entender o amor dos que não sabem demonstrar o amor que sentem 
Que eu saiba ser desapegada do amor dos que não sabem amar Que eu possa entender que nem todos podem me amar Mas que eu ame a todos, sem distinção, com toda a força e luz do amor que existe em mim. 
Oswaldo Begiato

16 de out. de 2010

Por que não vivemos para sempre?


Se você pudesse planejar como sua vida terminará – suas últimas semanas, dias, horas e minutos –, o que escolheria?

Iria, por exemplo, ficar em boa forma até o último momento, para então ir rapidamente? Muitas pessoas dizem que escolheriam essa opção, mas vejo um detalhe importante. 


Se você se sente bem em um momento, a última coisa que deseja é cair morto na sequência. E para sua família e seus amigos, que sofreriam a perda, sua morte seria um golpe cruel. Mas lidar com uma doença terminal longa e arrastada também não é muito bom, assim como o pesadelo de perder um ente querido na escuridão da demência. Preferimos evitar pensar sobre o fim da vida. Mesmo assim, é saudável fazer essas perguntas, ao menos de vez em quando, e definir corretamente os objetivos da política e pesquisa médicas. 


Também é importante perguntar até onde a ciência pode ajudar os esforços para enganar a morte. Costuma-se dizer que nossos ancestrais lidavam melhor com a morte, ao menos porque a viam com muito mais frequência. Há 100 anos, a expectativa de vida no Ocidente era 25 anos mais curta que hoje, resultado de muitas crianças e jovens adultos morrerem prematuramente por várias causas. Um quarto das crianças morria de infecções antes do quinto aniversário; mulheres jovens sucumbiam às complicações do parto; e mesmo um jovem jardineiro, ferindo a mão em um espinho, poderia ser vítima de envenenamento. Durante o último século, o saneamento e a medicina reduziram as taxas de mortalidade nos primeiros anos da vida tão drasticamente que a maior parte das pessoas está morrendo muito mais tarde, e a população como um todo é mais velha que antes. A expectativa de vida está aumentando em todo o mundo. Nos países mais ricos, cresce cinco horas ou mais por dia e, em muitos países em desenvolvimento que estão se livrando do atraso, aumenta ainda mais. 


A principal causa de morte hoje é o processo de envelhecimento e os vários desastres que ele provoca: o câncer, que leva as células a proliferar fora de controle, ou a doença de Alzheimer, no polo oposto, pela morte prematura dos neurônios. Até a década de 90, demógrafos previam com confiança que a tendência histórica de aumento da expectativa de vida logo cessaria. Muitos pesquisadores acreditavam que o envelhecimento era prefixado – um processo programado em nossa biologia que resultava em um momento predeterminado para morrer. Ninguém previu a continuidade do aumento da expectativa de vida. Essa conquista pegou políticos e planejadores de surpresa. Os cientistas ainda estão se acostumando com a noção de que o envelhecimento não é fixo, que ainda não chegamos ao limite do prazo de vida. Ele muda e continua a mudar, prolongado por razões que ainda não compreendemos bem. O declínio das taxas de mortalidade dos muito velhos está levando a expectativa de vida das pessoas a um território inexplorado. Se as certezas prevalentes sobre o envelhecimento humano desabaram, o que sobra? O que a ciência sabe mesmo sobre esse processo? Nem sempre é fácil aceitar essas novas ideias, porque os cientistas são humanos, e crescemos com concepções rígidas sobre o envelhecimento do corpo. 


Há alguns anos, enquanto dirigia com minha família pela África, uma cabra pega sob as rodas do nosso veículo morreu na hora. Quando expliquei à minha filha de 6 anos o que acabara de acontecer, ela perguntou: “A cabra era jovem ou velha?”. Fiquei curioso sobre a razão daquela dúvida. “Se ela estava velha, não é triste, porque não teria mais muito tempo para viver, de qualquer jeito”, foi a resposta. Fiquei impressionado. Se atitudes tão sofisticadas quanto à morte se formam tão cedo, não surpreende que a ciência lute para aceitar a realidade de que a maior parte do que sabíamos sobre o envelhecimento está errado. Para explorar o pensamento atual sobre o que controla o envelhecimento, vamos começar imaginando um corpo no final da vida. O último suspiro é dado, a morte chega e a vida acaba. Nesse momento, a maioria das células está viva. Sem saber o que acaba de acontecer, elas conduzem, tão bem quanto possível, os processos metabólicos que suportam a vida – usando o oxigênio e os nutrientes à sua volta para gerar a energia necessária à síntese de proteínas e outros componentes celulares e ao suporte a suas atividades (a principal atividade das células). 


 Em pouco tempo, privadas de oxigênio, as células morrem e, com isso, algo imensamente antigo chega a seu fim silencioso. Cada célula do corpo que acaba de morrer poderia, se houvesse registros, traçar sua ancestralidade por uma cadeia ininterrupta de divisões celulares iniciada há 4 bilhões de anos com as primeiras formas de vida celular neste planeta. A morte é certa. Mas pelo menos algumas de nossas células têm uma propriedade espantosa: são dotadas de algo tão próximo da imortalidade quanto pode ser alcançado na Terra. Quando você morre, apenas um pequeno número de suas células continuará essa linhagem imortal rumo ao futuro – e só se você tiver filhos. Apenas uma célula do seu corpo escapa à extinção – um espermatozóide ou um óvulo – por filho. Os bebês nascem, crescem, amadurecem e se reproduzem, continuando o ciclo. 


 O cenário que acabamos de imaginar revela não apenas o destino de nosso corpo mortal, ou “soma”, constituído de todas as células não reprodutivas, mas também a quase milagrosa imortalidade da linhagem celular a que pertencemos. A questão principal da ciência do envelhecimento, que dá origem a todas as outras, é: por que a maioria das criaturas tem um corpo mortal? Por que a evolução não levou nossas células a aproveitar a aparente imortalidade da linhagem genética representada pelo espermatozoide e o óvulo? Essa questão foi levantada pela primeira vez pelo naturalista alemão do século 19, August Weismann, e uma solução me ocorreu durante o banho, em uma noite de inverno no início de 1977. Acredito que a resposta, hoje chamada de teoria do soma dispensável, explica muito sobre por que o envelhecimento das diferentes espécies acontece como vemos. 


 POR QUE ENVELHECEMOS ASSIM 
A teoria é mais bem compreendida considerando os desafios que as células dos organismos complexos enfrentam enquanto tentam sobreviver. Elas são danificadas o tempo todo – o DNA tem mutações, as proteínas sofrem danos, moléculas altamente reativas chamadas radicais livres rompem as membranas e a lista segue. A vida depende da cópia e tradução constante dos dados genéticos, e sabemos que o maquinário celular que lida com todas essas coisas, por melhor que seja, não é perfeito. 


Considerando todos esses desafios, a imortalidade da linhagem genética impressiona. As células vivas funcionam sob constante ameaça de quebra, e a linhagem não fica imune. A razão por que ela não se extingue em uma catástrofe de erros tem a ver, por um lado, com seus mecanismos altamente sofisticados de manutenção e reparos e, por outro, com sua capacidade de se livrar dos erros mais sérios por meio de rodadas contínuas de competição. Os espermatozoides são produzidos em quantidades excessivas; normalmente, apenas um deles consegue fertilizar o óvulo. 


As células que originam os óvulos são produzidas em números muito maiores do que podem ser liberadas; um rigoroso controle de qualidade elimina aquelas que não forem boas o bastante. E, final mente, se erros passarem por todos esses testes, a seleção natural dá a última palavra sobre quais indivíduos são mais aptos a transmitir seus genes às gerações futuras. Após o feito aparentemente milagroso de gerar um corpo inteiro a partir de uma única célula – o óvulo fertilizado –, deveria ser relativamente simples sua manutenção indefinida, como o evolucionista americano George Williams apontou. Realmente, para alguns organismos pluricelulares, a ausência de envelhecimento parece ser a regra. A hidra de água doce, por exemplo, mostra um poder de sobrevivência impressionante. Aparentemente não envelhece, já que não mostra aumento de mortalidade ou decréscimo de fertilidade ao longo do tempo, assim como parece capaz de regenerar todo um corpo novo a partir de um pequeno fragmento se for cortada em pedaços. 


O segredo de sua juventude eterna é o fato de seu corpo ser permeado de células germinativas. Se elas estão em toda parte, não surpreende que um indivíduo possa sobreviver indefi nidamente se não for vítima de danos ou predadores. Na maioria dos animais multicelulares, no entanto, a linhagem genética é encontrada apenas no tecido das gônadas, onde espermatozóides e óvulos são formados. Esse arranjo tem muitas vantagens. Durante a longa história da evolução, permitiu que outros tipos de células se especializassem – células nervosas, musculares, hepáticas, entre outras necessárias para o desenvolvimento de qualquer organismo complexo, um Triceratops ou um humano. 


 A divisão de trabalho teve consequências duradouras sobre o envelhecimento e a expectativa de vida dos organismos. Assim que as células especializadas deixaram o papel de continuar a espécie, também abandonaram qualquer necessidade de imortalidade; elas poderiam morrer depois que o corpo passasse seu legado genético para a próxima geração. Então, por quanto tempo essas células especializadas podem viver? Em outras palavras, por quanto tempo nós e outros organismos complexos podemos viver? A resposta para qualquer espécie tem relação com as ameaças ambientais enfrentadas por seus antecessores enquanto evoluíam e com os custos energéticos da manutenção do corpo em boas condições de operação. 


 A grande maioria dos organismos morre relativamente jovem por causa de acidentes, predação, infecção ou fome. Ratos selvagens, por exemplo, estão à mercê de um ambiente muito perigoso. Eles são mortos rapidamente – é raro chegarem ao primeiro aniversário. Os morcegos, por outro lado, estão mais seguros porque podem voar. Enquanto isso, a manutenção do corpo é custosa e os recursos costumam ser limitados. De todo o consumo de energia, uma parte pode ir para o crescimento, outra para os trabalhos físicos e para o movimento e outra para a reprodução. Um pouco dessa energia, no entanto, pode ser armazenada sob a forma de gordura para proteção contra a fome, mas boa parte dela é consumida apenas para reparar os inúmeros danos que surgem a cada segundo de vida do organismo. Outra parte desses escassos recursos vai para a conferência do código genético envolvido na síntese contínua de novas proteínas e moléculas essenciais. E outra ainda movimenta os mecanismos de eliminação de dejetos celulares, ávidos por energia. 


 EVOLUÇÃO POR ADAPTAÇÃO 
é aqui que a teoria do soma dispensável entra: ela afi rma que, assim como o fabricante humano de qualquer produto – um carro ou um casaco, por exemplo – espécies que evoluem têm de fazer adaptações. Não compensa investir na possibilidade de sobreviver indefinidamente se o ambiente talvez traga a morte em um intervalo de tempo previsível. Para que a espécie sobreviva, seu genoma deve basicamente manter um organismo em boa forma e permitir-lhe se reproduzir com sucesso nesse intervalo de tempo. Em todas as fases da vida, até o seu fi m, o corpo faz o máximo para se manter vivo – em outras palavras, não é programado para o envelhecimento e a morte, mas para a sobrevivência. Mas, sob a intensa pressão da seleção natural, as espécies acabam priorizando o investimento em crescimento e reprodução – a perpetuação da espécie – em vez da construção de um corpo que possa durar para sempre. Então o envelhecimento é provocado pelo acúmulo gradual durante a vida de diversas formas de danos celulares e moleculares não reparados. 


 Nenhum programa biológico, então, defi ne precisamente a hora de morrer, mas há cada vez mais evidências sugerindo que, apesar disso, alguns genes possam infl uenciar o quanto vivemos. Tom Johnson e Michael Klass, trabalhando com vermes nematoides, descobriram um gene com esse efeito sobre a longevidade nos anos 80. A mutação de um gene que os pesquisadores denominaram age-1 produziu um aumento de 40% no tempo de vida. Desde então, pesquisadores de muitos laboratórios encontraram vários outros genes capazes de aumentar o tempo de vida dos nematoides, e mutações similares apareceram em outros animais, das moscas-das-frutas até os ratos. 


 Esses genes costumam alterar o metabolismo de um organismo, a forma como ele usa a energia para suas funções corporais. É comum os pesquisadores descobrirem como os genes desempenham funções nos caminhos de sinalização da insulina, essenciais à regulação metabólica. As cascatas de interações moleculares que constituem esses caminhos mudam os níveis gerais de atividade de literalmente centenas de outros genes responsáveis pelo controle de todos os intrincados processos responsáveis pela manutenção e o reparo das células. De fato, parece que o alongamento do tempo de vida requer a mudança exatamente desses processos que protegem o corpo contra o acúmulo de danos. A quantidade de comida disponível também interfere no metabolismo. 


Já na década de 30, pesquisadores descobriram que ratos de laboratório que comiam menos viviam mais. Mais uma vez, a modulação do metabolismo parece ter efeito sobre a taxa de acúmulo de danos, porque os ratos sujeitos a restrição diária aumentam a atividade de uma gama de sistemas de manutenção e reparos. À primeira vista, pode parecer estranho que um animal com pouca alimentação gaste mais, e não menos, energia na manutenção corporal. Um período de fome é, no entanto, um momento ruim para a reprodução e evidências apontam que nesses períodos alguns animais “desligam” sua fertilidade, liberando uma grande fração de sua energia para a manutenção celular. 


 SOBRE RATOS E HOMENS ESSA NOÇÃO 
de restrição calórica – e a aparente capacidade que ela tem de aumentar a longevidade – chamou a atenção de pessoas que desejam viver mais. Humanos que passam fome na esperança de uma vida mais longa deveriam notar, porém, que nosso metabolismo lento é bem diferente daquele de organismos em que essa estratégia foi testada. Um grande aumento da longevidade realmente foi conseguido em vermes, moscas e ratos. Esses animais, com suas vidas curtas e rápidas, têm necessidade urgente de gerenciar seu metabolismo de modo a adaptá-lo rapidamente às circunstâncias diferentes. 


Nos vermes nematoides, por exemplo, a maior parte dos efeitos mais espetaculares sobre o tempo de vida resultou de mutações que evoluíram para permitir-lhes mudar seu desenvolvimento de uma forma resistente ao estresse quando se encontrassem em um ambiente hostil e provavelmente precisassem viajar muito para encontrar melhores condições de vida. Nós humanos, em todo caso, podemos não ter a mesma flexibilidade na alteração de nosso controle metabólico. Efeitos imediatos, é claro, ocorrem em humanos que passam por restrições nutricionais voluntárias, mas só o tempo – e muitos anos de fome – dirão se elas têm algum impacto benéfi co sobre o processo de envelhecimento e, em particular, sobre a longevidade. O objetivo da pesquisa gerontológica em humanos, no entanto, é sempre melhorar a saúde no fi nal da vida, e não permitir seu prolongamento indefi nido. Outro fato também está evidenciado: animais que tiveram suas vidas prolongadas também passaram pelo processo de envelhecimento. 


Ele ocorre porque os danos ainda se acumulam e, com o tempo, levam ao colapso das funções do corpo. Por isso, se quisermos que nosso fi m seja realmente melhor, precisamos procurar em outro lugar. Em particular, precisamos focar em descobrir como limitar ou reverter com segurança o acúmulo de danos que leva à fragilidade, à defi ciência e às doenças ligadas à idade. Esse objetivo representa um grande desafi o e demanda pesquisas interdisciplinares rigorosas. 


SEM RESPOSTAS SIMPLES ENVELHECER É COMPLICADO. 
Afeta o corpo em todos os níveis, das moléculas às células e órgãos. Também envolve vários tipos de danos. E, apesar de ser verdade que, em geral, eles se acumulam com a idade e ocorrem mais devagar em alguns tipos de células que em outros (dependendo da eficiência dos sistemas de reparos), ocorrem aleatoriamente e a extensão pode variar mesmo em duas células do mesmo tipo no mesmo indivíduo. Assim, todos envelhecem e morrem, mas o processo varia consideravelmente – confirmando novamente que o envelhecimento não deriva de um programa genético que especifi ca a rapidez com que nos tornamos frágeis e morremos. Para entender o envelhecimento de maneira detalhada o bastante para intervir de modo preciso que suspenda ou retarde a morte de determinados tipos de células, precisamos saber a natureza dos defeitos moleculares que conduzem o processo em escala celular. Quantas dessas falhas devem ocorrer para que a célula deixe de funcionar? Quantas células defeituosas devem se acumular em dado órgão antes que ele dê sinais de doença? E se concordarmos que é mais importante mirar em alguns órgãos que em outros, como teremos a precisão necessária? Pode ser possível combater o envelhecimento alterando mecanismos importantes que as células usam para reverter o acúmulo de danos. Uma forma como a célula responde a muitos problemas é simplesmente se matando. Em algum momento, os cientistas viram esse processo de suicídio celular, chamado apoptose, como prova de que o envelhecimento obedece a um programa genético. Em tecidos envelhecidos, a frequência com que isso acontece aumenta, e esse processo realmente contribui. Mas agora sabemos que ele age principalmente como um mecanismo de sobrevivência que protege o organismo contra células que poderiam causar danos, notavelmente algumas que se transformaram em malignas. 


 A apoptose ocorre mais em órgãos velhos porque suas células sofreram mais danos. Devemos lembrar, no entanto, que, na Natureza, é raro os animais chegarem à velhice. A apoptose evoluiu para lidar com as células danifi cadas nos órgãos mais jovens, quando muito menos delas teriam de ser eliminadas. Se muitas células morrem, o órgão começa a falhar ou se debilita. Então, ela é boa, quando exclui células potencialmente perigosas, e ruim, quando elimina muitas delas. A Natureza se importa mais com a sobrevivência dos mais jovens que com o declínio na velhice, então nem toda apoptose pode ser necessária no fim da vida. Em algumas doenças, como no derrame, os pesquisadores esperam que, suprimindo a apoptose no tecido menos danifi cado, a perda de células resultante possa ser reduzida, ajudando assim na recuperação. 


 Em vez de morrer, as células danifi cadas, que normalmente conseguem se reproduzir, podem tomar uma atitude menos drástica e simplesmente parar de se dividir, destino conhecido como senescência celular. Há 50 anos, Leonard Hayflick, hoje na University of California em São Francisco, descobriu que as células tendem a se dividir um número defi nido de vezes – chamado limite de Hayfl ick – e depois param. Trabalhos posteriores mostraram que elas param quando os telômeros, que protegem as extremidades dos cromossomos, fi cam desgastados demais, mas outros detalhes desse processo continuam obscuros. Recentemente, meus colegas e eu fizemos uma descoberta emocionante: cada célula tem um circuito molecular bastante sofi sticado que monitora o nível dos danos em seu DNA e nas estruturas formadoras de energia chamadas mitocôndrias. 


Quando a quantidade de danos supera determinado ponto, a célula “trava” em um estado em que ainda consegue desempenhar funções úteis no corpo, mas não pode mais se dividir. Assim como com a apoptose, a inclinação da Natureza em favor da sobrevivência dos mais jovens provavelmente signifi ca que nem todos os travamentos são estritamente necessários. Mas para destravá-las, devolvendo-lhes a capacidade de se dividir, sem desencadear a ameaça de um câncer, precisamos compreender os detalhes do funcionamento da senescência celular. 


 A ciência complexa necessária para essa descoberta demandou uma equipe multidisciplinar, incluindo biólogos moleculares, bioquímicos, matemáticos e cientistas da computação, assim como instrumentos de ponta que fornecem as imagens dos danos nas células vivas. Ainda não sabemos aonde essas descobertas podem levar, mas é por meio de estudos desse tipo que podemos esperar encontrar novas drogas capazes de combater as doenças relacionadas à idade de formas completamente diferentes e, assim, encurtar o período de doenças crônicas experimentado no final da vida. Por causa do grau de difi culdade desse tipo de pesquisa básica, muitos anos, talvez décadas, podem passar até que essas drogas cheguem ao mercado. Usar a ciência do envelhecimento para melhorar o fi m da vida é um desafi o, talvez o maior ainda a ser encarado pela ciência médica. 


As soluções não virão facilmente, apesar dos argumentos usados pelos mercadores da imortalidade, para quem a restrição calórica ou os suplementos alimentares como o resveratrol podem permitir viver mais. A mais alta engenhosidade humana será necessária para superar esse desafi o. Acredito que podemos e iremos desenvolver tratamentos para facilitar nossos últimos anos. Mas, quando o fim chegar, cada um de nós, sozinho, terá de se entender com nossa mortalidade. Ainda mais razão para se concentrar em viver – em aproveitar ao máximo o tempo que vivemos, porque nenhum elixir mágico nos salvará. 
Thomas Kirkwood

14 de out. de 2010

Hospital psiquiátrico - O teste da banheira


Durante a visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao diretor: 
- Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui? 
O diretor respondeu: - Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. 
De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não. 
-Ah! Entendi. - disse o visitante. Uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher. 
- Não! - respondeu o diretor - uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria? 

"As vezes a vida tem mais opções do que as oferecidas, basta saber enxergá-las". 
Agora diz a verdade...você também escolheu o balde, não foi? 
Semana que vem vou lá ao hospital te fazer uma visitinha...

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